sábado, 30 de maio de 2015

O Museu Emílio Goeldi - Belém do Pará

O Museu Emílio Goeldi
Belém - Pará

MPEG - O Museu da Amazônia

O Museu Paraense Emílio Goeldi é uma instituição de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação do Brasil. Está localizado na cidade de Belém, Estado do Pará, região amazônica. Desde sua fundação, em 1866, suas atividades concentram-se no estudo científico dos sistemas naturais e socioculturais da Amazônia, bem como na divulgação de conhecimentos e acervos relacionados à região. 



O Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi está situado no centro urbano de Belém, com uma área de 5,2 hectares. Foi fundado em 1895, sendo o mais antigo do Brasil no seu gênero. Além de abrigar uma significativa mostra da fauna e flora amazônicas, o Parque concentra as atividades educativas do Museu Goeldi, tal como um laboratório para aulas práticas. Recebe anualmente cerca de 200 mil visitantes.

No Parque Zoobotânico estão instalados a Diretoria do Museu Goeldi, as Coordenações de Pesquisa e Pós-Graduação, Comunicação e Extensão, Administração, Museologia, Assessoria de Comunicação Social e Editora.


1861 - A Amazônia e os viajantes naturalistas

O século XIX foi o auge das expedições naturalistas à Amazônia. Desde os primeiros anos, acorreram à região viajantes ingleses, alemães, franceses, italianos, americanos e russos. Talvez esse seja o motivo da primeira tentativa de criar, em Belém, um museu de história natural: servir como apoio às expedições, formar cientistas e iniciar coleções que pudessem ser preservadas no próprio país. No ano de 1861, um artigo aditivo à Lei do Orçamento Provincial foi proposto - sem a necessária execução - para a criação de um museu no Pará.



1895 - A consolidação do Museu da Amazônia

Com uma nova estrutura, que o enquadraria nas normas tradicionais de museus de história natural, o Museu Paraense ganhou uma produtiva equipe de cientistas e técnicos. Em 1895, foi criado o Parque Zoobotânico, mostra da fauna e flora regionais para educação e lazer da população. Exposições e conferências públicas foram organizadas para ilustrar o conhecimento da época. Em 1896, foi instalado um modelar Serviço Meteorológico. Iniciou a publicação do boletim científico, com boa repercussão. Grande parte da Amazônia foi visitada, onde se fez intensivas coletas para formar as primeiras coleções zoológicas, botânicas, geológicas e etnográficas.




1931 - O melhor Parque Zoobotânico do Brasil

A partir de 1931, investimentos regulares na ampliação e equipagem do Parque Zoobotânico o tornaram reconhecido nacionalmente. Chegou a abrigar 2.000 exemplares de animais vertebrados, de centenas de espécies da região, muitas das quais raras ou pouco conhecidas. Esse crescimento foi possível graças à subvenção que o Governo Estadual impôs às prefeituras do interior, obrigando-as a remeter mensalmente animais e parte de sua arrecadação ao Museu Goeldi. Muitas espécies foram reproduzidas em cativeiro com sucesso, em especial répteis e peixes. Somente nos três primeiros anos de coletas sistemáticas, foram descritas cinco novas espécies de peixes, inclusive um gênero novo.




1948 - Arqueologia Amazônica

O ano de 1948 pode ser considerado como o início das pesquisas arqueológicas sistemáticas na Amazônia. Com a chegada de Betty Meggers e Clifford Evans, do Smithsonian Institution (EUA), procurando explicar a ocupação humana pré-histórica da Amazônia, o Museu Goeldi conheceu uma nova abordagem de pesquisa arqueológica, mediante escavações planejadas e a análise de milhares de fragmentos de cerâmica. Os arqueólogos norte-americanos estabeleceram a primeira seqüência de desenvolvimento cultural da foz do rio Amazonas, elaborando, com seu criterioso trabalho, teoria científica que viria a influenciar a Arqueologia Brasileira até os dias atuais.


1966 - Centenário do Museu Paraense

De 06 a 11 de junho de 1966, em Belém (PA), foi realizado o primeiro grande evento sobre a Amazônia, o Simpósio sobre a Biota Amazônica, organizado pelo Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) e Associação de Biologia Tropical. O evento homenageou o centenário do Museu Paraense e contou com a participação de 16 países, representados por 97 instituições. No total, 256 conferências e trabalhos originais foram apresentados, nas áreas de Ciências Humanas e Naturais.



1975 - Programa Flora Amazônica

O Programa Flora foi criado pelo Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) em 1975, tendo como objetivo inicial fazer o inventário da cobertura florística do território brasileiro, iniciando pela região amazônica. O Museu Goeldi sediou os trabalhos, tendo sido convidado para sua coordenação o botânico João Murça Pires. Como resultado do projeto, houve a ampliação e capacitação dos recursos humanos do Departamento de Botânica, a introdução das linhas de pesquisa em Palinologia e Anatomia Vegetal, a reativação dos estudos de vegetais inferiores, a modernização e expansão do Herbário, em mais de 43.000 amostras, e a descoberta de 81 novas espécies vegetais, até o ano de 1981.




1976 - Programa de pesquisas arqueológicas

Em 1976, teve início o Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas da Bacia Amazônica (PRONAPABA), seguindo programa semelhante realizado na década de 1960. O PRONAPABA foi o maior programa de pesquisas arqueológicas já realizado na região, sob a coordenação de Mário Simões, do Museu Goeldi. Em convênio com instituições estrangeiras e brasileiras, Simões liderou extensivas pesquisas nos estados da região Norte e Mato Grosso, especialmente ao longo dos tributários da margem direita do Amazonas. Foram 5 anos de estudos e 21 áreas selecionadas, ampliando muito as informações disponíveis sobre a pré-história amazônica.



1983 - Autonomia e ampliação do Museu Goeldi

Em março de 1983, o Museu Goeldi deixou de ser subordinado ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), em Manaus, para constituir-se em unidade autônoma do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Alterações na estrutura administrativa do Museu foram efetuadas pelo então diretor, José Seixas Lourenço. Desde 1982 as atividades do Museu Goeldi ampliavam-se, incluindo a instalação de novos serviços de informação e documentação, museologia, educação e comunicação científica. Atualmente, essas atividades são organizadas em setores próprios, os quais formam o sistema de difusão científica do Museu.






1996 - 130 anos

Duas conferências marcaram os 130 anos da mais antiga instituição científica da Amazônia, avaliando os rumos da pesquisa e da difusão científica na região: o Workshop "Comunicação Pública da Ciência na Amazônia" e o Simpósio "Diversidade Biológica e Social da Amazônia em um mundo em transformação", ambos em setembro de 1996. Representantes de instituições e cientistas de vários países estiveram no Museu Goeldi discutindo questões relacionadas à evolução de ecossistemas, inventário e análise da biodiversidade, ocupação humana da Amazônia, diversidade étnica e cultural, educação e comunicação científica. Esses temas apontam, de maneira geral, em que sentido a Ciência contribuirá, num futuro próximo, para a preservação da última grande reserva genética do planeta.















Museu Paraense Emílio Goeldi 

Parque Zoobotânico - Av. Magalhães Barata, 376 São Braz
Belém - PA  66.040-170   Brasil
Portaria Nove de Janeiro (55 91) 3182 3231


Campus de Pesquisa - Av. Perimetral, 1901 Terra Firme
Belém - PA  66.077-530  Brasil
Portaria Campus de Pesquisa (55 91) 3075 6272  




Parque Zoobotânico do Museu Goeldi: O primeiro do Brasil
Passado, presente e futuro do primeiro Parque Zoobotânico do Brasil são apresentadas na exposição que apresenta as peculiaridades da base física mais tradicional do Museu Goeldi.






Visões – a Arte Rupestre de Monte Alegre
A Arte Rupestre do município de Monte Alegre – PA é ilustrada nesta exposição que apresenta, entre diversas gravuras, registros que datam de onze mil anos atrás.






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